Implante de neuroestimulador
O tratamento para a dor inclui, em uma escala crescente de complexidade, os tratamentos clínicos, infiltrações, bloqueios, procedimentos minimamente invasivos e cirurgias para dores crônicas. Quando o organismo do paciente não responde mais aos medicamentos, e esses passam ainda a causar efeitos colaterais, deve-se considerar os procedimentos cirúrgicos. Uma técnica que tem alcançado bons resultados para esses casos é o implante de um eletrodo epidural para a estimulação da medula espinhal.
Como isso funciona?
A estimulação elétrica do sistema nervoso central tem dois objetivos: a ativação das vias supressoras da dor e o bloqueio eletrofisiológico da recepção dos estímulos da dor. Esses eletrodos podem ser de vários tamanhos e formas.
- Eletrodos cilíndricos podem ser aplicados através da pele com anestesia local.
- Eletrodos em placa são mais eficientes por serem unidirecionais, o que os faz agir de forma mais focada na necessidade do paciente. São implantados por meio de uma pequena cirurgia com anestesia geral.
Ambos os tipos exigem procedimentos minimamente invasivos. Os eletrodos ficam alojados na parte da coluna que se deseja estimular.
Todo paciente é, primeiramente, submetido a uma fase de teste, quando um gerador externo alimenta os eletrodos pelo período de 1 a 2 semanas. Se o tratamento não atingir um bom resultado, os eletrodos são removidos. Caso o tratamento seja eficaz, introduz-se então um gerador interno definitivo.
Em quais casos se indica o uso de neuroestimuladores?
Esse tratamento é recomendado para dores no tronco e nos membros que não cederam a outros tratamentos, incluindo dores unilaterais e bilaterais associadas às seguintes condições:
*Os pacientes com artrodeses prévias de coluna e que não tiveram sucesso no tratamento;
* Dores neurológicas da coluna: aracnoidite, dor mielopática segmentar, fibrose epidural, entre outras;
* Causas vasculares: dor no coto de amputação, dor isquêmica de membros inferiores;
* Causas cardiológicas: angina intratável e de etiologia já estabelecida e controlada;
* Causas oncológicas: dor secundária a câncer, com afetação óssea, articular, de estruturas nervosas ou vísceras.
O profissional especializado em coluna avaliará a eficácia desse tratamento para cada paciente.